quarta-feira, 18 de março de 2015

Futebol?

Eu, como uma boa moça, gosto muito de assistir meu futebol e obviamente tenho meu time de coração que me faz arrancar meus cabelos de vez em quando (quase sempre). Explicar o que sentimos em relação ao futebol nem sempre é possível, mas vou tentar simplificar minha relação com isso: eu sou o Clube Atlético Mineiro. Desde pequenina eu via meu pai assistindo futebol na TV, indo ao estádio, e no início eu não entendia muito bem o que aqueles homens faziam correndo atrás de uma bola. Em 2005, quando o Galo caiu pra segunda divisão, eu tinha apenas 9 aninhos e fiquei bem triste. Mesmo não acompanhando muito futebol naquela época, eu sabia que aquele era meu time e que a série B era uma coisa bem ruim.

Em 2006, me vi gritando "VAMOS SUBIR GALOOOOO" durante todo o campeonato. Meu pai ia para o antigo mineirão e ficava na geral, enquanto eu via o jogo pela TV e ficava maravilhada com aquilo. o Galo foi campeão da série B (éeeeeeee...). O tempo foi passando e o Atlético se tornou uma coisa inexplicável dentro da minha casa.

Lembro da minha alegria quando tinha clássico, corria pra rua para ver o ônibus da Galoucura passar, com toda aquela cantoria, gritaria, estavam todos indo para o antigo mineirão. A torcida alvinegra ocupava metade do estádio, pena hoje não poder ser mais assim. Domingo de clássico é, sempre foi, uma maravilha, apesar dos apesares. E eu sentia aquele amor alvinegro crescendo dentro de mim. Já podia gritar "Aqui é (e sempre será) GALO".

Já mais velha, em 2012, vi meu Galo passar mais da metade do campeonato brasileiro liderando a competição, pra chegar no final e perder o título para o Fluminense. Explicar tudo que senti naquele ano é impossível, mas hoje eu sei que aquilo era só o Galo preparando o terreno pro glorioso 2013.

Ah 2013... Como explicar o que você fez comigo, meu Galo? Foi o ano da vitória, foi o ano da Libertadores. Eu nunca me senti daquela forma antes. Eu GRITEI, muitas vezes CHOREI, senti muita RAIVA, muito MEDO, mas o mais importante, eu ACREDITEI.

Eu VI meu Galo ser campeão da Copa Libertadores da América. Eu estava em êxtase. Foi simplesmente surreal. Eu sentia meu coração na garganta a cada jogo. Esse mesmo coração pulou pra fora e lágrimas surgiram no meu rosto quando São Victor defendeu o pênalti do Riascos. FOI SURREAL. Eu NUNCA senti aquela emoção. E tudo foi ficando cada vez melhor. Até hoje vejo vídeos da reação da torcida na final da liberta, até hoje eu choro. Foram os melhores momentos da minha vida, cada jogo sofrido, cada disputa de pênaltis, cada momento que eu gritei com o coração que EU ACREDITO NO GALO. Quando vi meu pai chorar em silêncio no momento em que o nosso Atlético foi campeão, minha ficha ainda não tinha caído. Como poderia ser real? Eu sobrevivi a todos aqueles ataques cardíacos que o Galo me causou, e no fim pude gritar com toda força que tive É CAMPEÃO, AQUI É GALO PORRA!

Masssss, nem tudo são flores. No final desse mesmo ano meu Galo deu um vexame em Marrocos, disputando o mundial. Foi feio? Foi, foi HORRÍVEL. Me senti mal? Me senti péssima. Mas não foi nada que o coração de um atleticano não aguente. Já passamos por coisas bem piores.

Em 2014 começamos no fluxo, disputamos a Recopa e ganhamos, mas ahhhhh eu quero é Copa do Brasil. Eu quero é outra Liberta. Eu quero é Brasileirão...
Bom, um desses nós ganhamos. E MINHA GENTE, FOI DA MELHOR FORMA POSSÍVEL!
Primeiro devo dizer que o Galo perdeu um jogo na libertadores e foi desclassificado enquanto eu estava no show da Demi Lovato (pois é), e aí eu nem fiquei tão triste (ha ha). Mas a Copa do Brasil, isso sim foi louco. Antes de chegar na parte que fomos campeões em cima do rival, digo que eu quase morri pelo que o Galo me fez passar. No jogos com o Corinthians e com o Flamengo eu não sabia quem eu era, de onde eu vinha, e o que eu estava fazendo ali gritando GOL, GOL, GOL, GOL! Isso mesmo, 4 vezes. Era disso que precisávamos depois de perder os primeiros jogos por 2x0. Mas como o Galo consegue? Consegue porque a gente ACREDITA. A torcida cantou todos os jogos inteiros, incentivou, e foi essa nossa recompensa. Mais uma vez fui campeã. E dessa vez zoei todos os rivais que apareciam na minha frente porque EU PODIA.

Agora, em 2015, eu nos meus 18 anos vejo o Galo passar por um momento bem difícil. A temporada começou bem boa, ganhamos amistosos e tal, mas quando a coisa começou a ficar séria começou a ficar feia também! Ainda não ganhamos na libertadores, perdemos uns jogos absurdos no campeonato estadual, mas estamos seguindo em frente tentando consertar isso para esse 2015 ser mais um ano de vitórias. Porque se 20(13) é Galo, 2015 é 20(13)+2.

E é por toda essa história, por tudo o que eu vivi, por tudo o que eu senti, eu digo que EU ACREDITO no Galo, e sei que hoje (18/03/14) no jogo com o Santa Fé da Colômbia, o Galo irá surpreender e fazer toda essa massa atleticana vibrar de felicidade. Por momentos difíceis todos passam, diferencia-se quem continua a LUTAR, LUTAR, LUTAR! Afinal, o Galo é ou não é sinônimo de raça?

E se nada der certo, segue a vida, tem outras taças. Há! Há! Há!

(aguardem outro post sobre o resultado do jogo hoje, #EuAcredito)

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